segunda-feira, 9 de maio de 2022
Poema da auto-comiseração
domingo, 8 de maio de 2022
Quando tu pensas que não pode piorar
O otimismo do meu marido
Bella Esmeralda
Hoje é a primeira comunhão do melhor amigo da Ana
terça-feira, 3 de maio de 2022
domingo, 1 de maio de 2022
"Diz aos teus seguidores que aceito encomendas de retratos. A pagar, claro!"
sábado, 30 de abril de 2022
sexta-feira, 29 de abril de 2022
Haja quem preste#3
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Consulta de cessação tabágica da minha mãe
Obrigada, Euromilhões!
quarta-feira, 27 de abril de 2022
Send help
Ana, a despeitada
Ana hablando Georginês
Vou passar uns dias de miúdas a Barcelona. E ela fica.
terça-feira, 26 de abril de 2022
Quando tu pensas que não pode piorar
Nossa senhora de Maria de Lurdes Modesto me acuda
Há um lugar no Inferno
... para todas as pessoas que me tagam em giveaways.
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Cravo humano
Estávamos com preguiça de sair de casa. E depois eu disse: "É bom ter a liberdade de sentirmos preguiça, de podermos escolher e tomar opções, de podermos decidir não ir aos sítios onde devemos ir sem termos consequências, é bom vestires calções e andares na escola e eu ter trabalho fora de casa e educação, sendo mulheres e é bom o pai não ser obrigado a ir lutar para uma guerra a defender países que nunca deviam ter sido reclamados por nós e não sabermos se ele volta com vida".
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Another maniac thursday
quarta-feira, 20 de abril de 2022
Transformismo quadripolar
A L'Oreal podia contratar-me para dar nomes aos diferentes pantones de louro
Agora que tenho a tinta na cabeça durante os trinta minutos
terça-feira, 19 de abril de 2022
Disclaimer de heresia
Haja quem preste#2
segunda-feira, 18 de abril de 2022
Tenho esperança que troque a participação num Big Brother por uma num Shark Tank
domingo, 17 de abril de 2022
Ana, a pragmática
sábado, 16 de abril de 2022
Insónias da Ana
A Ana passa o dia a cantar
sexta-feira, 15 de abril de 2022
A pergunta que ninguém tem coragem de fazer hoje
quinta-feira, 14 de abril de 2022
Não sei o que mais me espanta...
Dias normais
A maravilha do regresso à normalidade dos dias cá dentro. Lá fora continua tudo uma merda: guerra, violação dos direitos humanos, incerteza e a angustia de estarmos à mercê de um ditador russo psicótico.
Mas cá dentro- por mais egocêntrico que pareça- é sempre pior. Porque antes de morarmos no Mundo moramos em nós.A maravilha do regresso à normalidade. A minha mãe bem, de regresso ao trabalho. A minha mãe sem fumar há mais de um mês e eu sentir o cheiro da minha mãe pela primeira vez, sem resquícios de fumo e de tabaco. A Ana de férias de Páscoa, criativa e energética, às vezes- como agora- estiraçada no sofá a ver uma série na Netflix. A gata a apanhar o sol tímido desta manhã de Abril no peitoral da janela. O Rui em tele-trabalho noutra divisão, eu aqui na sala. Silêncio bom, por escolha e não por angústia ou medo das palavras, na casa. Cheira a café quente na cozinha, acabado de fazer com café solúvel e água fervida e eu acho que vou vender a máquina de pastilhas e comprar uma cafeteira das antigas.
quarta-feira, 13 de abril de 2022
Piadola eclética só perceptível por apreciadores de chá
O Mundo divide-se entre...
... quem adora peixinhos da horta e os outros.
Panquecas com xarope de misérias
Happy wife. happy life
terça-feira, 12 de abril de 2022
Ao cuidado dos meus fregueses que estão com covid esta semana
A Filipa Gomes tem sucessora
segunda-feira, 11 de abril de 2022
Fátima
domingo, 10 de abril de 2022
Agora pensem qual é
sexta-feira, 8 de abril de 2022
Ir
Há dias extraordinariamente ambivalentes.
De repente, há uma janela que se abre, se escancara para ti e tu ficas ali, sem saber se trepas, se a fechas e ficas ali, indecisa entre o calor de uma casa que conheces- onde te sentes em família, onde podes andar de pés descalços e sabes que há sempre comida quente sobre a mesa, abraços à tua espera - e o fresco das aventuras que te espera no outro lado do vidro, nas ruas desconhecidas cheias de desafios por desbravar. Sentas-te no parapeito da janela e olhas ora para dentro, ora para fora, o conforto de dentro, a casa e a família e todas as possibilidades em aberto de fora, tudo o que pode acontecer, a novidade, a mudança e tu até não és nada avessa à mudança. Fechas as portinholas e voltas para o calor? Ou pões uma mão de fora para testar a temperatura e, num salto de fé (é sempre de fé que se trata) saltas para o desconhecido (e se for um abismo? E se correr mal? E se ficares perdida ao frio? E se nunca encontrares o caminho para voltar? E se nunca mais houver volta?)?Há dias extraordinariamente ambivalentes em que ficas de coração partido e, ao mesmo tempo, de coração acelerado porque dói sempre quando deixas quem gostas na mesma proporção do entusiasmo e da expectativa de quem está por conheceres, de quem um dia irás gostar.
quinta-feira, 7 de abril de 2022
Respirar
Entrava o sol pela janela e eu acreditei que era um bom pronuncio. Tinha comprado lírios violetas na véspera porque acreditei que seriam bons augúrios da chegada de uma Primavera há muito ansiada. Não no calendário, cá dentro, na vida.
Quando se tem esperança tudo nos parece simbólico e um pronuncio bom, agarramo-nos a tudo: ao sol a romper as frestas da janela, aos lírios a cantar opera desde os camarotes das jarras bonitas, a manta de rosetas da minha mãe a fazer arco-íris na sala.As notícias vieram ao fim da tarde e eram boas. Quando a Dra. Mariana me ligou, desliguei o telefone e fiquei com os olhos cheios de lágrimas. A minha mãe está bem. Viva e bem.
Pensei que ia serenar e ter a paz que preciso tanto mas o meu cérebro pregou-me uma partida.
Desde então tem-me doido o peito e tenho tido dificuldade em respirar. Tenho que induzir o bocejo várias vezes para respirar fundo e sentir que respiro como deve de ser. Tenho tido pesadelos e noites pessimamente dormidas.
Tudo é compatível com uma crise de ansiedade desde segunda-feira. Ansiedade a estrear e com retroativos. Que me está a deixar exausta porque sou psicóloga e a reconheço teoricamente, sei de forma racional u estratégias para a minimizar e não consigo de forma alguma fazê-lo, como se ainda fosse preciso mais isto para eu perceber que não controlamos nada. Já tinha percebido há muito tempo, era escusado, mas o meu cérebro continua a sabotar-me e continuo cansada e a somatizar.
Não sei até quando.
As emoções são coisas sérias. As minhas estratégias de coping são sempre estratégias de resolução de problemas. Todas as minhas energias, perante um problema, são para a acção. Agora que posso descansar acho que o meu cérebro acha que se pode dar ao luxo de ficar triste, angustiado e doente com retroactivos.
Não posso fazer nada. Senão deixar toda a angustia acumulada passar.
A minha mãe está curada. Em breve o meu coração perceberá que pode relaxar e é tempo de comemorar.
Não sei quando. Sei que será quando conseguir apreciar sem sombras o sol, os lírios, a manta e, principalmente, a conseguir respirar outra vez.
Venha a Primavera.
Ana, a hiperbólica