Prelúdio: a que cheira a Opus Dei?
Entro no imponente edifício e o ar cheira tão bem que desconfio que meteram ambientadores da Rituals nas condutas do ar condicionado. Mal comparando, é mais ou menos como os pobres metem naftalina nos urinóis da casa de banho dos homens: tresanda mas como aroma zara home meets opus dei.
Primeiro acto: o desconhecimento de que lá fora no Mundo nem todos os sobrenomes têm duplas consonantes e a pelintrice existe e é real
“Qual é o sobrenome para confirmar aqui a inscrição? “
Respondo: Sintra.
Resto da população procura o meu nome nos "S".
Estes senhores andaram aqui aos papéis a procurar no C. Estou a deixá-los à beira da loucura porque não me encontram e não assumem que podem haver pelintras entre a plateia.
Antes do intervalo: viva a meritocracia
Um rapaz imberbe que diz "imeeenso" três vezes por frase e falta-lhe o fôlego para discursar apresenta-se: “O meu nome é Cristóvão Sebastião Bernardo Casais de Furão e sou o Presidente da Fundação xpto...”
Reações não verbais da plateia: "Uau! Tão novo e já Presidente de uma coisa deste gabarito, vamos lá ouvir com atenção..."
Rapaz no seguimento do discurso: “... a Fundação foi criada pela Dra. Isabelinha Constança Carlota Casais de Furão”.
Reações não verbais da plateia: "Aaaaaaahhhh!"
Segundo acto: também podiam ser injeções nos olhos
No coffee break apontam-me para a mesa dos comes e bebes e perguntam-me o que quero. Não encontro em lado nenhum a opção "x-acto".
Terceiro acto: tanto arquivo morto em atraso lá no trabalho e eu aqui
Desisto e vou para o trabalho. E eu hoje até estou com baita preguiça e nem me apetecia ir trabalhar.
1 comentário:
Pergunta-lhe a rainha das abelhas quase sufocada de riso: que raio foi lá fazer?
Enviar um comentário