... entre quem acorda mal humorado e os outros.
terça-feira, 25 de agosto de 2020
domingo, 9 de agosto de 2020
Aos 9 de Agosto de 2020, à Ana por ocasião do seu 8º aniversário
Sabes, Ana, este era um aniversário que eu ansiava. Oito anos é uma idade importante para mim e não é pelos melhores motivos. Mas sabes que te conto sempre a verdade do Mundo, mesmo que a verdade doa. Tinha 8 anos quando eles se separaram. Sei que não me ouves falar do meu pai mas eu gostava muito dele antes de desgostar isto tudo que desgosto. É estranho desgostarmos de um pai, não é? Percebo-te bem na medida em que tens o melhor e mais dedicado pai do Mundo. Dizia-te eu que tenho gravados os meus 8 anos como o ano em que os meus pais se separaram mas, na verdade, o que conta é que esse foi o ano em que me senti desamada pela primeira vez. Talvez por isso ansiava que chegassem os teus 8 anos, felizes e tranquilos, seguros e, especialmente, amados, cuidados e queridos incondicionalmente, por todos. Como se pudesse, através de ti, dar colo à menina de 8 anos que fui, dar-lhe beijinhos nas esfoladelas da alma, apagar o desamor sentido à estreia. A psicologia explica e um dia posso-te explicar tudo, vantagem de quem tem pais psicólogos, né? Crescer dói sempre, filha. Porque implica escolher e aceitar escolhas circunstanciais que a vida nos atira sem que peçamos. E todas as escolhas implicam um ganho do que se escolheu mas também uma perda do que se deixou por escolher. Aceitar e viver bem com isto é o maior desafio da nossa existência. Assim que perceberes que é assim que funciona tudo será mais fácil. Não te posso spoilar a vida, Ana, porque isto é absolutamente imprevisível e dinâmico. Essa também é a parte que tem graça. Desejo que cresças forte e segura. Não segura de ideias, que elas evoluem. Nem de dogmas ou convicções. Nem sequer de quem tu és porque vamos sendo diferentes pessoas ao longo da vida. Mas segura incondicionalmente de que és amada por nós e que nunca sairemos de perto de ti. Nunca será o último aniversário que, por nossa escolha, passaremos contigo. Como foi o meu oitavo, o último em que desconheci o desamor. Não aches que isto não é um final feliz porque sou tua mãe e tu consertaste, célula a célula da minha vida, a forma como vivo o amor. Como amo e sou amada. Eu ensino-te a verdade do Mundo mas tu retribuis-me com toda a verdade sobre o amor.
segunda-feira, 25 de maio de 2020
"Uma pessoa compreende o Mundo, pouco a pouco, e depois morre"
domingo, 24 de maio de 2020
quarta-feira, 8 de abril de 2020
segunda-feira, 6 de abril de 2020
O mundo divide-se entre...
sábado, 28 de março de 2020
Nova estratégia de mámen: embebedar-me.
sexta-feira, 20 de março de 2020
O mundo divide-se entre... (edição quarentena)
quarta-feira, 11 de março de 2020
terça-feira, 3 de março de 2020
segunda-feira, 2 de março de 2020
Confessem lá sobre as saudades que vocês tinham de uma quadripolarização
"Oi!
[Conheçam todos os países já quadripolarizados aqui.]
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Deus é sereia
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
A primeira quadripolarização do come back
O Mundo divide-se ...
terça-feira, 3 de setembro de 2019
O amor é uma caixa de velocidades
sábado, 24 de agosto de 2019
Só há uma forma de amar: cuidando (Grazalema)
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
Uma espécie de Oásis (Cueva del Gato)
Já tínhamos muitos quilómetros de alcatrão acumulados, muitas montanhas com sol a nascer e a pôr-se decoradas nas retinas, muitas aldeias e vilas feitas noivas, alvas, brancas e puras cravadas em tudo o que vivemos, como se tivéssemos apanhado 17 bouquets sucessivamente que nos dessem acesso ao novo Pueblo, que fôssemos os próximos a que os barqueiros de lagoas, rios, ribeiras e barragens deixassem passar.
Já tínhamos jamon, tapas em restaurantes e esplanadas, tintos de verano em varandas de hotéis e pensões em noites a dois enquanto a Ana já dormia, já tínhamos granizados, pão estrafegado em tomate, gaspacho frio, queijos e azeitonas compradas à beira da estrada e um desprezo enorme pela dieta durante todo o trilho.
Já tínhamos o calor da cidade, o borrifar dos aspersores nas ruas de Mérida e o fresco de tantas fontes e fontanelas tatuados na pele. Já tínhamos o cheiro aos olivais e às árvores da serra, ao pó da terra árida e às dezenas de pássaros que voavam conosco sob o mesmo céu, abutres até. Já tínhamos casas brancas, azuis e a memória de uma cor terracota que marcou toda a viagem como os abanicos encarnados com bolas porque os clichês são para se perpetuarem.
Já tínhamos a Carolina Deslandes, o Jorge Palma e a Luísa Sobral mais o Sérgio Godinho e a Mariza a tocarem na pen do carro e o Despacito na Radiolé e outras estações espanholas com ritmos de verão, pelo menos para nós. Já tínhamos noites estreladas em vales profundos e noites dormidas os três em camas apertadas e manhãs de lutas de almofadas só porque sim.
Faltáva-nos um oásis, daqueles à filme, um presente fresco numa longa travessia num deserto que não é metafórico, pois há muito que não nos sentíamos tão selva.
Encontrámo-lo, perdidos na serra de Grazalema, e mergulhámos, enfim, nas águas geladas da Cueva del Gato.
Podem googlar mas o Google nunca vos conseguirá explicar isto assim.
Isto assim.
Na aldeia azul (Júzcar)
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Road trip -dia 5 (Pueblos Blancos)
domingo, 18 de agosto de 2019
Road trip - dia 3 e 4 (Sevilha)
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Road trip- pausa a meio do dia 2 (Sevilha)
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
Road trip - dia 1 (Mérida)
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Road trip- dia 0
sexta-feira, 9 de agosto de 2019
Aos 9 de Agosto de 2019, à Ana por ocasião do seu 7º aniversário
sexta-feira, 21 de junho de 2019
21 de Junho: solestício de Verão
quarta-feira, 27 de março de 2019
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
domingo, 13 de janeiro de 2019
Porque hoje é dia 13...
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
O Mundo divide-se (edição mete-nojo)
sábado, 13 de outubro de 2018
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Começar o dia a (Eslo)vacalhar
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
quinta-feira, 9 de agosto de 2018
Aos 9 de Agosto de 2018, à Ana por ocasião do seu 6º aniversário
quarta-feira, 18 de abril de 2018
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Feliz ano novo, mámen!
sábado, 13 de janeiro de 2018
Porque hoje é dia 13
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Zâmbia e Zimbabwe? Checked.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Egipto quadripolarizado
O planisfério está actualizado aqui e é- prometo!- este ano que eu ponho as quadripolarizações tooooodas em dia.
sábado, 6 de janeiro de 2018
Chipre
"Olá Pólo Norte, quadripolarizei o Chipre, mais um país para acrescentares à tua lista! As fotos são da Petra tou Romiou ou Rocha de Afrodite. Segundo a mitologia é o local de nascimento da deusa Afrodite! M."
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Resolução de 2018: pôr em dia as quadripolarizações desde 2015
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Aos 9 de Agosto de 2017, à Ana por ocasião do seu 5º aniversário
No dia em que fizeste 5 anos não consegui tirar os olhos de cima de ti.
Antecipo-te cada gesto, cada mordiscar de lábio quando estas nervosa, cada arregalar de olho quando estas excitada, cada gargalhada quando estás pronta a fazer um disparate.Ando neste namoro há cinco anos, de te (re)conhecer, de aprender quem és e como devemos gerir a nossa relação e o nosso afecto, de como te educar e amar, de como viver contigo aqui.
Nem sempre tem sido fácil, não te minto. As maiores dificuldades tem sido gerir as minhas expectativas e projeções, fazer o luto da filha que idealizei e passar a amar a filha que tu és e eu gosto tanto de ti assim tão diferente de tudo o que eu estava habituada a lidar. Não és uma Mini me e hoje sei que ainda bem. Não és uma extensão de mim nem sequer temos traços de personalidade semelhantes. Somos diferentes e complementares e todos os dias aprendemos a vida uma com a outra. E ainda bem.
Aprendi a observar a tua segurança de seres quem és e a incentivar a exploração de todas as tuas características tão únicas e a não cederes só porque os outros constroem, projetam ou esperam de ti. Ninguém tem que esperar. Porque tu és nova, fresca e única.
Não és extrovertida como eu, nem sociável nem eufórica. Não és tímida como o teu pai, nem loba solitária nem introvertida.
Seleccionas bem tudo: a quem entregas o teu afecto, a quem dedicas a tua atenção, as piadas que merecem a tua gargalhada. Não és agradadora nem fazes nada para alimentar o ego dos adultos em teu redor. Estás demasiado ocupada a seres tu.
Aprender-te tem sido melhor desafio da minha vida e fico assim-como nesta foto-como neste dia- espantada e deslumbrada por tudo o que de novo me apresentas com cinco anos: essa segurança, essa confiança, essa certeza de não te quereres dobrar pelos outros quando os outros não te importam, essa firmeza de seres quem és e de esperares- com toda a naturalidade do Mundo- que nem questionemos ou aceitemos mas que simplesmente te amemos assim. E amamos. Tal e qual assim.
Com este deslumbramento no olhar. Há 5 anos que somos mais felizes por tua causa. Não por causa da filha que projetámos ou construímos mentalmente. Mas por causa de ti. Real. Assim.