Foi um Natal bom. Vamos recuar e relembrar primeiro que fui internada. E que não foi nada fixe mas não interessa, voltei para casa e para a lufa-lufa do trabalho e quando dei por isso era Natal.
Foi um Natal bom. Tirando que tivemos uma infiltração cá em casa e não se descobria de onde vinha e o meu soalho começou a levantar e vieram cá um empreiteiro, outro e mais outro e lá activámos o seguro e vou ter grande parte de 2025 em obras, o que já promete, mas não interessa porque é uma oportunidade para remodelar a casa.
Foi um Natal bom. Bem, isto se ignorarmos que, nas vésperas dos meus sogros chegarem para uma estadia de quinze dias cá em casa, o frigorífico avariou. Antes disso o esquentador. E agora o IKEA só me consegue entregar o frigirifico a 31 de Dezembro e estou a ter uns dias brilhantes de gestão de refeições à jorna. Mas nao interessa nada porque é uma forma de eu testar a minha capacidade de encontrar soluções criativas.
Foi um Natal bom. Se nos esquecermos que, os dias de compensação que recebi do meu trabalho tive que os dedicar à Associação onde insanamente decidi ser Presidente voluntária, e passei-os todos enfiada na Zona J, a trabalhar de casaco e luvas numa sala com 7 graus, porque a Gebalis nao responde há 21 meses aos nossos emails, e entra frio pelas janelas e escorre porcaria pelas parede da vizinha de cima e havia relatórios de projectos com prazos a terminar a 24 de dezembro e candidaturas ao funcionamento a terminar a 31 de dezembro e, claramente, não interessa porque sempre é uma forma desafiante para acabar o ano.
Foi um Natal bom. A minha sogra diz que lê os meus textos aqui mas só as primeiras frases e a última porque são muito grandes e eu tenho muitas, inúmeras saudades do meu blog em 2012. Não interessa porque agora sou muito mais sensata e madura.
Foi um Natal bom. A MEO decidiu cobrar-me uma conta que nunca me apresentou antes, datada de 2008, e eu vou ter que arranjar um advogado para me ajudar a não dar uma de serial killer como o outro giro que matou o outro dos seguros, porque não interessa, eu agora sou uma senhora.
Foi um Natal bom. Tão bom que não me queixo de nada, não interessa, sou uma menina crescida.
Que o pariu.
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