Dormi até à uma da tarde, piscinei, fui fazer uma caminhada à serra e acabei a comer pão com chouriço na praia das maçãs.
Estou aqui que não me aguento de cansaço.
Acho que nasci mesmo para o confinamento, a clausura e a carmaletice descalça, mygas.
domingo, 31 de maio de 2020
Encontros escaldantes uns anos depois
A miúda já se entretém sozinha umas duas horas em casa entre livros, jogos e televisão.
Aos fins-de-semana, tenho tido uns encontros secretos com a minha amiga sesta, essa maluca.
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Mãegyver
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Ontem à noite, a seguir ao jantar, para efeitos de digestão bebi chá de Gordon's
Sou só eu que quando fico alcoolizada fico com cócegas na parte de dentro do buço e dos lábios?
Agradecida.
Agradecida.
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Eu sou a Miss Bean de Deus
Barbie Potter
Aos sete anos, nove meses e três dias a minha filha começou a brincar com Barbies.
Foi há três horas e já a acasalou com o boneco do Harry Potter porque “a Barbie é muito gira e o Harry Potter é muito certinho e tem que ter uma namorada destrambelhada.”
Olho para ela muito séria.
“Sabes: tipo tu e o pai!”
...
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Mãegyver
Misérias da minha vida
Obrigarem-me a fazer a narração de powerpoints, sendo que eu sou uma pessoa com voz de garrafão mal lavado.
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Eu sou a Miss Bean de Deus
Maio é um mês santo certo?
Só assim se explica a Santa Trindade do IMI, do IVA trimestral e do x-acto que tenho em cima da mesinha da entrada.
Tenho uma amiga
... que foi convidada para dar formação online no âmbito de uma prestigiada instituição. Penteou-se decentemente, pôs um baton e escolheu um fundo que não o da estante, para fugir aos clichés.
Tinha tudo para dar certo não fosse a puta da caneta BIC ter rebentado um minuto depois da formação começar, ficar com a mão toda cagada de tinta, com o stress começar a limpar a mão à camisola, dar-lhe uma comichão da bochecha e coçar e dar alegremente todo o resto da formação com manchas de tinta em toda a tromba.
Suspeito que não me a voltam a convidar.
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Eu sou a Miss Bean de Deus
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Só Deus me pode julgar
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quarentenacoisas,
se tudo falhar
Pior mesmo só pisar cocó e sujar um pé até ao pescoço
Aquela noite em que vais espreitar o perfil do teu ex mais crítico e sem querer o adicionas e antes de teres tempo para desadicionares, ele aceita...
FML.
FML.
Não há outro amor na vida
Eu e mámen a picarmos a Ana, disputando a sua atenção.
Eu (apontando para a bicha): "Fui eu quem fiz ISTO tudo. É toda minha!"
Mámen (tentando estrafogar a Ana, entretanto toda derretidinha no seu colo): "Mas a semente foi minha. Sem a semente nada DISTO tinha nascido!"
Ana liberta-se do colo dele num pinote e esclarece: "Muita calma, pai! É como com as sementes que a Paula me deu: não servem para nada sem água e sol. Tu deste a sementinha mas quem fez toda ESTA flor foi a mãe!"
Tummmmmbaaaaassss.
Eu (apontando para a bicha): "Fui eu quem fiz ISTO tudo. É toda minha!"
Mámen (tentando estrafogar a Ana, entretanto toda derretidinha no seu colo): "Mas a semente foi minha. Sem a semente nada DISTO tinha nascido!"
Ana liberta-se do colo dele num pinote e esclarece: "Muita calma, pai! É como com as sementes que a Paula me deu: não servem para nada sem água e sol. Tu deste a sementinha mas quem fez toda ESTA flor foi a mãe!"
Tummmmmbaaaaassss.
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Mãegyver
terça-feira, 26 de maio de 2020
Feliz Ano Novo, Marta!
A Marta celebrou o seu aniversário em quarentena.
A Marta tem um coração bonito com raízes profundas de valores e afectos e ramos que são abraços que nos dá com os olhos, o sorriso grande e também os braços.
Um coração bonito onde podemos fazer ninho e voar de lá e voltar sem cobranças nem exigências porque a Marta é toda ela Primavera, como o é o mês que escolheu para nascer.
A Marta fez anos e ele dedicou-lhe a primeira aguarela que pintou em muitos anos porque a Marta tem coração de flores.
E a sua amizade cheira a tulipas, borboletas, andorinhas e sol.
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Ah 'migos
É para verem a fé que estes canastrões têm em mim
Eu: a pessoa que informa no facebook que descobriu uma app de troca de casas durante as férias e cujos amigos mandam links complementares via mp de mais apps de trocas de CASAIS durante as férias.
Tá bonito.
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Ah 'migos,
Eu sou a Miss Bean de Deus
Para além do covid-19 também se pode morrer de solidão
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The Polo's next top blogger
Porque no reino dos desconfinados também bate um coração
Para a maioria de vocês é uma informação absolutamente irrelevante.
Mas para mim hoje é um dia bom: o Quadripolaridades está - passados quase vinte anos- finalmente preparado para pessoas com necessidades de comunicação acessível.
Ali: no canto superior direito.
Agora só falta eu organizar-me e voltar a escrever com regularidade. :P
[Obrigada, João]
Mas para mim hoje é um dia bom: o Quadripolaridades está - passados quase vinte anos- finalmente preparado para pessoas com necessidades de comunicação acessível.
Ali: no canto superior direito.
Agora só falta eu organizar-me e voltar a escrever com regularidade. :P
[Obrigada, João]
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Causas quadripolares
Ana, a precisar de relaxar
"Ai, mãe, preciso mesmo de um banhinho de impressão".
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Mãegyver
segunda-feira, 25 de maio de 2020
"Uma pessoa compreende o Mundo, pouco a pouco, e depois morre"
“Uma pessoa compreende o Mundo, pouco a pouco, e depois morre” - in “as velas ardem até ao fim”.
Nos últimos meses aprendi tanto, cresci tanto, aprendi tanto sobre mim e sobre o Mundo, abriram-se tantas luzes, desfizeram-se tantos nós. Tem sido um processo tranquilo e sereno ao contrário de todas as outras vezes em que cresci à força, puxada por episódios marcantes específicos: a separação dos meus pais, a morte dos meus avós, o nascimento de Ana, a morte do meu tio.
Desta vez é diferente, é de dentro que o crescimento vem, não é nada externo, consigo projectar-me,pensar mais fundo como quem inspira, sentir melhor.
Faço quarenta anos dentro de dois meses, o equador da vida e já não me sinto a envelhecer, como se fosse uma coisa pesada e fatídica, sinto-me só finalmente a crescer sem ser à bruta, à força, com estaladas da vida e abanões do destino. Crescer como cresce uma planta já depois de ter caule e folhas e flores, crescer para os lados, tornar-me mais robusta e forte, melhor.
Uma pessoa compreende o Mundo, pouco a pouco. Pouco a pouco, é mesmo assim. Para compreender tudo bem. Tudo certo e melhor.
E depois poder, enfim, morrer como quem (se) apaga (n)uma estrela.
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Entre parêntesis
Ter olho para a coisa
Sabes que tens os contactos certos no Facebook quanto não te nomeiam para correntes porra nenhumas.
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Avé Facebook
domingo, 24 de maio de 2020
O Mundo divide-se entre...
.. as pessoas pró-saúde e as pró-economia.
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O Mundo divide-se...
terça-feira, 19 de maio de 2020
Só Deus me pode julgar
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quarentenacoisas,
se tudo falhar
quinta-feira, 14 de maio de 2020
Vela-mãe
Estava separada e, esgotada a fase inicial de euforia, em que tudo estava aparentemente bem e esquivei-me a prestar contas do meu coração a quem quer que fosse- a ela tambem- caí numa tristeza profunda. Estava de férias e sentia-me, pela primeira vez, sozinha: os amigos tinham a vida, as conjugalidades e as famílias deles e os amigos da maluqueira estavam também esgotados e ali estava eu, durante dias seguidos, deitada e sem energia para me levantar, senão para o básico mas voltando a deitar-me logo de seguida. Sou das pessoas que não têm insónias e o stress obriga a cabeça a fazer shut down, naquela altura também: estores fechados e dormi até ela abrir a porta com a chave suplente, sem pedir licença nem ligar antes a avisar. A minha mãe entrou no quarto e acendeu a luz.
Eu resmunguei que queria estar sossegada e que já era adulta, por amor de Deus. E ela continuou e descorreu os cortinados e abriu violentamente os estores, cegando-me com a claridade da rua. Comecei a chorar e ela continuou a abrir: agora a janela e a deixar entrar o ar, para além do sol, para além da luz. Ordenou-me que fosse tomar banho e arranjar-me. E eu fui, porque as mães mandam sempre, especialmente a minha, até que a morte nos separe. E nesse dia, em que ela me abriu a luz, o estor e a janela, eu comprei um bilhete online e fui na manhã seguinte até aos Açores, remendar o meu coração.
Nesta quarentena a minha mãe e a minha filha viram-se, por 60 dias, pela janela, agora obstáculo. Faltou-lhes tudo: toque, abraços, colo. Com o desconfinamento e sem fim da pandemia à vista, eu e ele tivemos que voltar para o trabalho, agora impossível de perpetuar em teletrabalho. Os testes negativos de todos e uma semana de férias da minha mãe foram o pretexto que faltava: cumprimos todas as recomendações mas, avó e neta, podem finalmente partilhar risos, ensinamentos, atividades e dia-a-dia porque as relações fazem-se de proximidade e o afecto faz-se de vida em comum.
Era 13 de maio e na janela ele colocara uma vela que alimentava a sua fé e ao lado a minha mãe debruçava-se e via à noite lá fora. E eu pensei como ela, abrindo sempre as janelas, orienta a fé na minha vida. Vela por mim. Vela de mim.
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Assuntos de Família
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