Eu já tinha estado na Academia Vaqueiro, mas nunca tinha frequentado um workshop. Depois de muitas marcações e desmarcações, lá estávamos, eu, a Leonor e a Teresa, para frequentarmos o workshop "Party Food".
Primeira constatação: o formador era giro (ver o filme aqui: é o primeiro formador que está a falar!), o que é logo meio caminho andado para a inspiração culinária ficar aprimorada. Ainda que eu não soubesse que raio era massa filó ("é a massa da Filomena?), a Teresa ficasse a olhar para uma cebola como um burro para um palácio quando lhe foi sugerido que cortasse cebolas em forma de meia lua ("E estrelas da morte, han? Esoterismos culinários a esta hora, wtf?") e a Leonor- sublinhe-se que era a experiente nas lides da cozinha entre nós as três- não soubesse a diferença entre estufar e guizar. Estava o circo montado.
Contextualizando os participantes: dois bloggers de culinária para nos darem cabo da auto-estima, duas raparigas que partilhavam casa e que pareciam ter tanto jeito para a cozinha como nós, um executivo (tinha cara de engenheiro, don't ask!) que queria mesmo aprender a cozinhar, uma mãe da família que tinha sido convidada a frequentar o workshop pelos filhos que a acusavam de só saber cozinhar bem sopas, um reformado que em vez de ir jogar à sueca ou dominó com os amigos achou mais sensato dedicar-se à arte da cozinha e três raparigas com quem tivemos pouco contacto pois estavam na bancada oposta e não se sentaram na nossa mesa.
Fica a reportagem fotográfica, porque as imagens dizem mais que mil palavras:
Para começar o périplo culinário... vinho!
(estes copos acompanharam-nos durante todo o workshop, de forma intermitente entre maré alta e maré baixa, imaginem como estavamos no final...)
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Para enxugar o vinho e fazer "cama" no estômago um pequeno beberete.

Eles (os outros participantes) pensavam que a parte do party era de festa. Nõs sabiamos que era party de partir. E não estávamos erradas.

A ementa. Para cada dupla de participantes um prato para confeccionar. Como éramos um trio calhou-nos o prato mais complexo. Ou o mais comprido da ementa, que seja.
A embalar o franguinho, com ar ternurento, antes da chacina. Não me podem dar animais adultos, pá?
Não nos deviam ter dado facas (só naquela) ou descubra o Dexter que há em si!
A Teresa achou que estava com um ar demasiado fashion-culinário. Acrescentámos o detail do pano de cozinha ao ombro para dar um look mais blasé. Masterchief Campolide rules!
Adivinhem quem me telefonou a meio do workshop? Vá, atentos à fotografia. Vocês são capazes!
Leonor, a única resistente na bancada, após uma conversa em que o chefe me tentava explicar como se cortavam vegetais com uma faca à Masterchief: "É preciso fazê-la entrar no alimento. Agora, faz um movimento deslizante: empura, desliza, empurra, desliza". Eu e Teresa não aparecemos porque ficámos com calores e fomos servir-nos de mais vinho.

A nossa glória: não necessitámos da manga contra-fogo!

Fizémos isto tudo. Fizémos todos que nós as três só cozinhámos o frango, as maçãs e o coiso de vegetais. Mas, modéstia à parte, era o prato melhor confeccionado. Ou o confeccionado com melhor humor, vá!

Tarte de toffee (tipo nougat), Não fomos nós que fizémos mas a rapariga que a fez deu um valente bate-cu enquanto a cozinhava. Está provado que o ingrediente secreto dos melhores cozinhados da noite foi o riso. Estava meeeemo boa!
Para acabar também foi assim! Que há que fazer as coisas com uma certa constância e coerência!
No fim de confeccionarmos o jantar, as mesas estavam postas e desfrutámos da refeição entre todos.
Foi uma noite mesmo, mesmo gira!
Fazer um programa de amigas entre tachos e panelas
Quem? Academia Vaqueiro
Onde? Amoreiras, Lisboa
Contacto: Pelo telefone 808 200 575
Mais informações: http://www.vaqueiro.pt/